Um dos pilares da transformação digital da área fiscal e contábil, denominado de Tax Transformation, é justamente a robotização (automatização) de rotinas repetitivas e meramente operacionais.

Entendendo o RPA

A otimização do uso do tempo é essencial para o sucesso de qualquer atividade e a tecnologia, desde de sempre, ajuda o homem a automatizar processos e tarefas, permitindo assim a evolução da sociedade.

Desde a revolução industrial, a tecnologia tem assumido o protagonismo operacional das atividades e tarefas mecânicas, restando ao homem as atividades mais estratégicas.

Não é diferente com a chamada indústria 4.0 em que em o denominado Robotic Process Automation (RPA) tem ganhado extrema relevância não somente nas linhas de produção da indústria, mas também em qualquer processo, inclusive nos processos e rotinas administrativas de backoffice.

RPA para a área fiscal

Dado o volume de informações processadas pela a área fiscal e a dependência de softwares da Receita Federal e de planilhas, por muitas vezes, a rotina da área se torna muito repetitiva e operacional.

Gerar relatórios do ERP, imputar dados em planilhas, preencher formulários fiscais, fazer e pagar guias de recolhimento de impostos são exemplos de rotinas operacionais que costuma consumir muitos recursos de tempo, pessoas e financeiros.

Por exemplo, imagine um varejista que tem que validar arquivos da EFD ICMS-IPI de mais de 100 estabelecimentos. Ou ainda, um analista fiscal que precisa corrigir erros do SPED e preencher PER/DComps, atividades essas que exigem abrir formulários eletrônicos e digitação manual de valores.

Esse tempo dispendido poderia estar sendo utilizado para análises estratégicas e planejamento.

Dessa forma, a criação de robôs que fazem esses tipos de automatização podem ser muito úteis e economizar muito tempo e recursos das companhias.

Como começar?

Primeiro, você deve mapear todos os seus processos e rotinas para entender quais deles poderiam ser automatizados. Após mapeados, você deve colocar “pesos” nos processos para definir quais são os mais custosos em relação a tempo e recursos humanos.

Uma vez feito esse mapeamento, é importante destacar e treinar alguém do time fiscal para estudar sobre o tema. Há diversos softwares/plataformas no mercado que permitem que um usuário não programador crie soluções de RPA, como por exemplo, o UIPath e o Power Automate da Microsoft.

Caso deseje, é possível também contratar uma consultoria especializada em RPA para a área fiscal, a qual poderá lhe ajudar tanto no mapeamento quanto na construção dos RPAs necessários para o seu time.

Benefícios da Automatização de Processos

A automatização de processos fará que o tempo do time seja utilizado em atividades mais estratégicas o que trará benefício não somente para a área fiscal, mas para toda a companhia.

Analisar cenários, revisar as apurações, buscar oportunidades de remodelagem da operação e otimização da carga fiscal poderão ser feitas de forma mais fácil, pois sobrará tempo para isso.

A redução de erros por processos manuais também é um grande benefício da automatização de rotina, especialmente no cenário fiscal no qual erros geralmente resultam em multas e autuações.

Conclusão

Diante de todo o exposto, é essencial que o profissional da área fiscal busque conhecer softwares de RPA e identifique quais são as rotinas que mais lhe consomem tempo para que essas tarefas sejam executadas por robôs e o seu tempo seja utilizado para atividades estratégicas.


0 comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Share This